Há
quem considere que a arte exerce uma influência de tal modo
profunda
sobre
os seres humanos que não é possível avaliá-la
em termos simplesmente
artísticos.
Se as obras de arte não despertam simplesmente sentimentos
estéticos
mas
também morais, religiosos ou políticos, diz-se que é necessário
avaliá-la
em
termos
puramente artísticos. Admitem certos moralistas ontem e hoje que a
"nobre
missão
da arte", o seu fim intrínseco é a expressão da beleza.
Contudo,
negam
que
isso
implique que o artista seja livre perante as leis morais, que possa pintar ou
descrever o
vício e tudo o que é inferior na natureza humana. Como é evidente,
a
questão
não é pacífica. Os textos que em seguida apresentamos ilustram
esse
conflito
e é para a tomada de posição pessoal que o/a
convidamos.